A Neuralink, empresa do bilionário Elon Musk que desenvolve tecnologias para interação entre cérebro e máquinas, publicou um vídeo em que um macaco aparentemente joga um videogame com a mente.
As cenas apresentadas no macaco Pager de 9 anos de idade, que dá a implantação de um chip no cérebro cerca de seis semanas antes da gravação, controlando o jogo ‘Pong’ mesmo com o controle alocado.
A divulgação de material desse tipo não era feita como é comum na comunidade científica. Se, o vídeo vem acompanhado de um artigo revisado por pares em periódicos científicos, o que não ocorreu.
Pager aprendeu a jogar videogame com um controle enquanto era recompensado por um smoothie de banana.
Enquanto isso, um dispositivo Neuralink registrava informações sobre a atividade dos neurônios do macaco por meio do chip implantado em seu sangue, de acordo com a empresa.
O aparelho contém mais de 2.000 eletrodos implantados nas regiões do córtex motor do Pager, responsáveis pela associação dos movimentos das mãos e dos braços.
Os dados foram obtidos por meio de um “algoritmo decodificador” para prever os movimentos das mãos pretendidos pelo Pager em tempo real.
Depois de calibrar o decodificador, um Neuralink disse que o macaco conseguia aparecer para mover o cursor, ao invés de usar o controle do videogame.
As cenas mostram o Pager brincando com o controlador desconectado.
Outra demonstração da Neuralink
Em agosto passado, a Neuralink descreveu o seu implante cerebral como um chip com cerca de 8 milímetros de diâmetro (menor que a ponta de um dedo).
O dispositivo consiste em uma pequena sonda que contém mais de 3 mil eletrodos conectados a fios flexíveis e mais finos que um fio de cabelo humano e é capaz de monitorar a atividade de mil neurônios cerebrais.
Em uma demonstração, um computador exibiu a atividade cerebral de um porco que recebeu o implante, que depois foi retirado e não causou nenhuma modificação motora no animal.
No Twitter, Elon Musk afirmou que o trabalho da companhia vai permitir que pessoas com paralisia utilizem um celular com a mente “mais rápido do que alguém com os dedos.
Ele também mencionou a possibilidade de ajudar paraplégicos a voltarem a andar com o envio de sinais para neurônios responsáveis por respostas motoras.